PENSAMENTO

Os políticos actuais em Portugal precisam de pessoas estúpidas para que possam continuar a serem eleitos

domingo, 27 de abril de 2008

Pago e não usufruo!

Nestes dias em que o calor dá um ar de sua graça, volto a queixar-me contra aqueles que invadem a zona onde moro. Vêm na Hiace com excesso de passageiros, carregada com tudo e mais alguma coisa como se fossem de férias, cruzam a A5 e aí estão eles a ocupar o meu lugar de estacionamento, a encher as minhas praias. Basta ficar alguns minutos na presença destes bimbos para rapidamente identificarmos a sua origem…grita o pai, a mãe, os putos, a avó e até o cão chateia!
O que me revolta é que eu pago um balúrdio por uma casa porque moro perto da praia e depois não posso usufruir da qualidade de vida que pago mas que não usufruo.
Costumo comentar e partilho aqui agora a minha ideia: com a mania das portagens, que tal portagens em todas as ligações ás praias num raio de 3 km para todos os que não moram cá, tipo como já se faz num país mediterrâneo bem aqui perto? Esse montante seria usado para a manutenção das praias em questão e assim evitar esta invasão desmesurada desta zona por parte dos saloios!
Um domingo por mês era o dia do invasor, não se pagavam portagens e eu aproveitava e ia passear a Sintra nestes dias…

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Ida ao hospital

Esta é daquelas crónicas que justificam o porquê da criação deste blog. Ontem desloquei-me ao centro hospitalar da minha área de residência devido a um problema de saúde. Estive duas horas à espera para ser atendido! Dei-me ao cuidado de contabilizar e procurar estabelecer uma relação da capacidade de atendimento do hospital, pelo que nas duas horas que aguardei deram entrada 12 homens, ou seja de 5em 5 minutos dava entrada um utente; no entanto só foram chamados 5 utentes durante o referido período, o que dá cerca de 25 minutos por utente.
Se quisermos, em termos práticos, a capacidade de resposta das urgências do hospital em questão é de apenas 20% em relação ao número de utentes registados! Pergunto, existem estudos estatísticos por parte das unidades hospitalares que possam apurar valores de forma a poder ser organizada uma escala de serviço que dê resposta à população da área de residência, mediante a afluência de utentes durante os vários períodos do dia?
Outra coisa que também incomoda é quando chamam os utentes nas excelentes colunas sonoras (digo excelentes porque de facto é notável que com o passar de muitos anos ainda façam algum tipo de som), em que não se percebe absolutamente nada do que é dito (bem podem estar a dizer menus de hambúrgueres que vai dar ao mesmo), dizem os nomes extremamente depressa e com cortes na transmissão.
Para ajudar á festa é sempre em brasileiro ou em espanhol (o que dá um certo requinte de internacionalização), dificultando a percepção mesmo ao mais atento utente, cheio de dores e com uma disponibilidade para estar a levar com aquilo…
Lá dentro, sempre aquele atendimento personalizado: eram 23h e o médico a cumprimentar-me com um excelente: “Boa tarde!”, conseguindo a proeza de me chamar por três vezes outro nome que não o meu, apesar de o ter corrigido.
Escusado será dizer que fui “despachado” em 5 minutos o que lhes dá (voltando à estatística no inicio da crónica) cerca de 20 minutos de descanso para atenderem o próximo utente…andamos nós a descontar para isto?!?!?!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Cerveja ou o leite?

Há dias estava a fazer compras no hipermercado, quando me deparei com uma situação que me fez pensar seriamente nas pessoas que a protagonizavam: uma mãe e um filho tinham meia duzia de coisas no tapete para pagar: leite, pão e um pack de cervejas. Quando viram o preço das coisas e repararam que não tinham dinheiro suficiente, trocaram um olhar e sem falarem o filho pegou no leite e foi colocá-lo novamente na prateleira, acabando por colocarem no saco o pão e as cervejas!

Como é obvio isto choca e faz-me pensar nesta familia: será que em casa estaria um pai "estereotipado" sentado no sofá, a ver a bola e aí da mãe e do filho que não aparecessem com a cerveja em casa sob ameaça do uso de violência? É que o olhar entre ambos foi como se tivessem tido já a conversa, equacionado as consequências de toda e qualquer decisão, tudo num pronto e simples olhar.

É sem dúvida um pequeno episódio mas que espelha bem o retrato de muitas familias portuguesas e que o simples gesto permitiria retiram ilações sem fim acerca de esta familia entre tantas outras.
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