PENSAMENTO

Os políticos actuais em Portugal precisam de pessoas estúpidas para que possam continuar a serem eleitos

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Trabalhadores precários, quantos são?

Todos os dias, a comunicação social fala de desemprego, que anda nos 8%, que subiu, que desceu, mas pouco se fala nos milhares que se encontram em situação de trabalho precário, esses entram para a estatística do lado dos afortunados, que têm um contrato ou que são efectivos.
Ninguém fala dos que andam a contratos mensais renováveis há anos, dos que assinam contratos e depois são presenteados com a conversa do “mês em casa”, com o fim de contornar a lei, para depois regressarem à estaca zero, com a eterna conversa do “gostamos muito do seu trabalho mas de momento não podemos colocá-lo nos quadros” e claro do eterno recibo verde.
Quantos é que andam inseridos no mercado protegido das empresas de trabalho temporário, a ganharem mal, ludibriados por subsídios pagos mensalmente para parecer que o salário não é assim tão baixo, com precariedade contratual, sabendo que alguém está a ganhar uma margem sobre o seu salário, com a promessa eterna de passarem aos quadros dos respectivos clientes das ett´s.
Já que se consegue chegar a números estatísticos para achar a taxa de desemprego, também é possível, através de dados estatísticos obrigatórios por parte das empresas, como o balanço social e o quadro de pessoal, chegar a números de pessoas que andam com situações precárias em termos laborais.
Quantos andam a trabalhar, sem saber se no próximo mês estarão ali sentados naquela secretária, sujeitos a mais um corte nos recursos humanos, que dão “o litro” todos os dias para tentarem ficar ali a trabalhar, sob pressão da máxima, “se não quiser tenho ali mais quem queira”.
Estes são aqueles que não podem pedir um empréstimo porque não são efectivos, saem todos os dias de casa, sem saberem se o seu nome não constará da lista de dispensas da empresa no final do mês, sujeitos a salários vergonhosos para as responsabilidades que acarretam nos seus empregos.
E estes, estes quantos são? Quantos por cento de qualificados, licenciados, especializados sujeitos a isto? Entram para o lado dos empregados ou deviam fazer parte dos desempregados?
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