PENSAMENTO

Os políticos actuais em Portugal precisam de pessoas estúpidas para que possam continuar a serem eleitos

segunda-feira, 16 de março de 2009

Geração Setecentista

Há uns tempos atrás deu-se aqui ao lado, na vizinha Espanha o fenómeno dos jovens mileuristas, licenciados limitados a um salário baixo; pois bem, nós por cá, numa “lógica irracional”, temos também a tal geração de jovens seiscentista ou na melhor das hipóteses setecentista.
Estes jovens são o futuro do nosso país e é neles que o Estado devia investir, com apoio na compra de casas, apoio ao crédito empresarial, entre outros e não andar a tapar o sol com a peneira a acabar com as barracas e construir bairros que num futuro próximo não passarão de barracas.
Estes jovens consultam diariamente anúncios de emprego, onde se solicita formação superior, x anos de experiência, pró actividades e responsabilidades a troco de uns míseros 600,00€ a 700,00€ a trabalhar horas a mais, com exigências de disponibilidades exageradas….como se isso fosse um bom salário, como se esse valor fosse suficiente para orientarem as suas vidas; e estas propostas de trabalho, sempre colocadas numa lógica filha da (…): “queres queres, se não queres tenho lá fora mais quem queira”.
Depois ouvimos falar no amigo do amigo enteado de um amigo que arranjou um tachito aqui ou ali, a não ganhar mal, do tipo 3000,00€, com isenção de horário, com uma vidinha à maneira!
Pois bem, esta é a geração tuga, acabadinha de sair da universidade, para um estágio não remunerado a ganhar experiência profissional a tirar cafés para o sr. Dr., que de vez em quando lá vai à rua fazer uns recados, que depois é mandado embora, do tipo “venha outro”, passam pelos recibos verdes, depois passagem obrigatória pela experiência enriquecedora dos call centers a levarem com um cliente a mandar vir por causa de um erro de que até nem são culpados, para depois evoluirem para o mercado final: trabalhar no duro para fazer parte da geração setecentista, trabalhando de forma precária, saltando de empresa em empresa, sem perspectivas de carreira e sem perspectivas de vida…mas pronto, continuamos em busca de melhores oportunidades, nunca se sabe se não ganhamos o euromilhões para a semana!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Português (Brasil)

Entristece-me ver uma das características deste nosso país, violada por um sentido prático terrivelmente estúpido, que é a adaptação da nossa língua, transfigurada nos meios de comunicação social.
Aquilo que entendia como a riqueza da nossa língua que tanto nos fazia distinguir, por exemplo, do inglês básico, de uma palavra com vários significados, é agora reduzido a um mero “ué, a gentche não lê o cê, daí não está lá fazendo nada mesmo, escrevemos ator sem o cê”…ridículo!
Ao abrir um jornal e encontrar aqueles erros ortográficos, entristece-me, chegando ao ponto de ter de fazer um esforço para não estar mais atento a estas estupidezes, em vez do que estou propriamente a ler.
Já não chega termos de levar com as calinadas na net, do tipo, escolher nas listas o português (brasil) como nossa língua, levar com o gerúndio por tudo e por nada do Hotmail, enfim…já nada me surpreende, neste país sempre a baixar as calças…, cada vez mais dependente dos outros, sem identidade, sem riqueza….
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