PENSAMENTO

Os políticos actuais em Portugal precisam de pessoas estúpidas para que possam continuar a serem eleitos

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Empresas a mais também não ajuda nada!

Tenho uma teoria que gostaria de aqui partilhar acerca das empresas portuguesas e contribuir, porque penso que faz sentido, já que sou de opinião que mesmo que não estivesse instalada a crise, muitas das nossas empresas estavam à mesma endividadas e por consequente os seus sócios, colaboradores e respectivas famílias.
Muitas das empresas resultam de uma cultura portuguesa, baseada no raciocínio típico: “estou farto de trabalhar para este gajo, ele é que ganha o dinheiro todo, tem isto e aquilo e eu é que ando aqui a trabalhar que nem um animal!”. O que segue este raciocínio é precisamente a ideia de fazer uma empresa, em busca da ideia generalizada e totalmente errada de abrir o negócio na segunda e sexta estar rico. Despedem-se da empresa, pedem 5.000€ ao banco e abrem a empresa. Depois ouvem falar pela primeira vez na vida em IRC, Segurança Social, Seguro de Acidentes de Trabalho, Contabilidade organizada e como é obvio as reacções não são mais do que:”O que é isso?!. Mas isso paga-se, é?!”. Pouco tempo depois não têm liquidez para cumprir com as obrigações legais e acabam por concluir que afinal abrir uma empresa e geri-la com sucesso não é para qualquer um e que os encargos são bastante elevados. Entretanto, já é tarde, devem dinheiro ao banco, à Segurança Social, às Finanças, não pagam salários e acabam por fechar o negócio. No entanto o efeito é duplo, já que a antiga empresa do patrão também sofreu as consequências, tem problemas de viabilidade económica, pelo facto de o ex-empregado ter levado os clientes para a sua nova empresa.
O rácio é o de que por cada empresa nova, pouco tempo depois fecham duas! Com isto, ficam endividados sócios, empregados e respectivas famílias.
É o que dá esta mentalidade do “chico esperto”! Deixem-se estar a trabalhar por conta de outrem, ás sextas feiras vêm para casa sem dores de cabeça, acrescentem valor à empresa onde trabalham e deixem-se de ideias sem fundamento ou pelo menos sem analisarem bem o mercado onde querem abrir negócio.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Recrutamento e selecção

Tenho tido alguma experiência em recrutamentos e tenho visto um pouco de tudo e gostaria de partilhar algumas das minhas conclusões, que de resto podem ser utêis a quem é responsável pelos recursos humanos ou se encontra ligado ao recrutamento.
No mês passado fui a um recrutamento onde me foi solicitado que fizesse um teste de excel, até aqui tudo bem, pediram-me para formatar, usar formulas, formatações, entre outros; área onde estou até bastante á vontade, considero mesmo o excel dos mais completos programas. O problema foi no fim, quando em vez de guardarem a folha em ficheiro com o nome do entrevistado para posterior análise, a pessoa que me fez a entrevista manda imprimir o documento e fecha a folha de calculo sem gravar?!?!?! Fiquei estupefacto! Então como vão analisar o uso de fórmulas? Como vão poder testar os conhecimentos técnicos usados através de uma impressão?!?!? Ridículo, no mínimo! Obviamente que desisti do processo e pouco tempo depois o anúncio voltava a aparecer nos sites de recrutamento. Que estranho? Quem diria? Então estavam a recrutar uma pessoa com bons conhecimentos em excel e depois imprimem, queriam o quê? O que mais me espanta é que na altura da entrevista/ teste de excel questionei este critério da impressão e limitaram-se a encolher os ombros....
Como esta podia ficar aqui a contar mais umas quantas, mas o que acima de tudo quero partilhar são as conclusões que tirei destas experiências! 1º Os recrutamentos são muitas vezes feitos somente por uma pessoa de recursos humanos quando sou de opinião que deveria estar presente também uma pessoa da área específica do recrutamento para testar conhecimentos técnicos. 2º A eterna pergunta do salário pretendido sem sequer sabermos quais as funções, quais os horários, é no mínimo ridícula. 3º Aqueles testes do tempo da “maria cachucha” (nunca tinha escrito esta expressão linda!) da ilha deserta, do padre, do advogado, do assassino, que já todos fizemos e já todos sabemos o seu propósito estão completamente ultrapassados. 4º Os valores dos salários oferecidos são muito abaixo das competências solicitadas e depois é claro, passado um tempo o colaborador recrutado acaba por se recusar a fazer isto ou aquilo por tuta e meia.
O que os patrões deste país ainda se recusam a aceitar é que os recursos humanos são o maior activo das empresas e como tal, deve-se investir nos colaboradores, na sua formação, no seu bem estar para uma produtividade superior, deixarem-se da máxima de que não há insubstituíveis porque a saída e entrada de um novo colaborador tem sempre custos e da minha preferida: queres, queres, não queres tenho mais 200 á porta para vir trabalhar! Deixem-se de frases feitas! Paguem de acordo com as funções, responsabilidades e experiência demonstradas. Leiam Taylor, Fayol e o grande Henry Ford!
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