Tenho uma teoria que gostaria de aqui partilhar acerca das empresas portuguesas e contribuir, porque penso que faz sentido, já que sou de opinião que mesmo que não estivesse instalada a crise, muitas das nossas empresas estavam à mesma endividadas e por consequente os seus sócios, colaboradores e respectivas famílias.
Muitas das empresas resultam de uma cultura portuguesa, baseada no raciocínio típico: “estou farto de trabalhar para este gajo, ele é que ganha o dinheiro todo, tem isto e aquilo e eu é que ando aqui a trabalhar que nem um animal!”. O que segue este raciocínio é precisamente a ideia de fazer uma empresa, em busca da ideia generalizada e totalmente errada de abrir o negócio na segunda e sexta estar rico. Despedem-se da empresa, pedem 5.000€ ao banco e abrem a empresa. Depois ouvem falar pela primeira vez na vida em IRC, Segurança Social, Seguro de Acidentes de Trabalho, Contabilidade organizada e como é obvio as reacções não são mais do que:”O que é isso?!. Mas isso paga-se, é?!”. Pouco tempo depois não têm liquidez para cumprir com as obrigações legais e acabam por concluir que afinal abrir uma empresa e geri-la com sucesso não é para qualquer um e que os encargos são bastante elevados. Entretanto, já é tarde, devem dinheiro ao banco, à Segurança Social, às Finanças, não pagam salários e acabam por fechar o negócio. No entanto o efeito é duplo, já que a antiga empresa do patrão também sofreu as consequências, tem problemas de viabilidade económica, pelo facto de o ex-empregado ter levado os clientes para a sua nova empresa.
O rácio é o de que por cada empresa nova, pouco tempo depois fecham duas! Com isto, ficam endividados sócios, empregados e respectivas famílias.
É o que dá esta mentalidade do “chico esperto”! Deixem-se estar a trabalhar por conta de outrem, ás sextas feiras vêm para casa sem dores de cabeça, acrescentem valor à empresa onde trabalham e deixem-se de ideias sem fundamento ou pelo menos sem analisarem bem o mercado onde querem abrir negócio.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Recrutamento e selecção
Tenho tido alguma experiência em recrutamentos e tenho visto um pouco de tudo e gostaria de partilhar algumas das minhas conclusões, que de resto podem ser utêis a quem é responsável pelos recursos humanos ou se encontra ligado ao recrutamento.
No mês passado fui a um recrutamento onde me foi solicitado que fizesse um teste de excel, até aqui tudo bem, pediram-me para formatar, usar formulas, formatações, entre outros; área onde estou até bastante á vontade, considero mesmo o excel dos mais completos programas. O problema foi no fim, quando em vez de guardarem a folha em ficheiro com o nome do entrevistado para posterior análise, a pessoa que me fez a entrevista manda imprimir o documento e fecha a folha de calculo sem gravar?!?!?! Fiquei estupefacto! Então como vão analisar o uso de fórmulas? Como vão poder testar os conhecimentos técnicos usados através de uma impressão?!?!? Ridículo, no mínimo! Obviamente que desisti do processo e pouco tempo depois o anúncio voltava a aparecer nos sites de recrutamento. Que estranho? Quem diria? Então estavam a recrutar uma pessoa com bons conhecimentos em excel e depois imprimem, queriam o quê? O que mais me espanta é que na altura da entrevista/ teste de excel questionei este critério da impressão e limitaram-se a encolher os ombros....
Como esta podia ficar aqui a contar mais umas quantas, mas o que acima de tudo quero partilhar são as conclusões que tirei destas experiências! 1º Os recrutamentos são muitas vezes feitos somente por uma pessoa de recursos humanos quando sou de opinião que deveria estar presente também uma pessoa da área específica do recrutamento para testar conhecimentos técnicos. 2º A eterna pergunta do salário pretendido sem sequer sabermos quais as funções, quais os horários, é no mínimo ridícula. 3º Aqueles testes do tempo da “maria cachucha” (nunca tinha escrito esta expressão linda!) da ilha deserta, do padre, do advogado, do assassino, que já todos fizemos e já todos sabemos o seu propósito estão completamente ultrapassados. 4º Os valores dos salários oferecidos são muito abaixo das competências solicitadas e depois é claro, passado um tempo o colaborador recrutado acaba por se recusar a fazer isto ou aquilo por tuta e meia.
O que os patrões deste país ainda se recusam a aceitar é que os recursos humanos são o maior activo das empresas e como tal, deve-se investir nos colaboradores, na sua formação, no seu bem estar para uma produtividade superior, deixarem-se da máxima de que não há insubstituíveis porque a saída e entrada de um novo colaborador tem sempre custos e da minha preferida: queres, queres, não queres tenho mais 200 á porta para vir trabalhar! Deixem-se de frases feitas! Paguem de acordo com as funções, responsabilidades e experiência demonstradas. Leiam Taylor, Fayol e o grande Henry Ford!
No mês passado fui a um recrutamento onde me foi solicitado que fizesse um teste de excel, até aqui tudo bem, pediram-me para formatar, usar formulas, formatações, entre outros; área onde estou até bastante á vontade, considero mesmo o excel dos mais completos programas. O problema foi no fim, quando em vez de guardarem a folha em ficheiro com o nome do entrevistado para posterior análise, a pessoa que me fez a entrevista manda imprimir o documento e fecha a folha de calculo sem gravar?!?!?! Fiquei estupefacto! Então como vão analisar o uso de fórmulas? Como vão poder testar os conhecimentos técnicos usados através de uma impressão?!?!? Ridículo, no mínimo! Obviamente que desisti do processo e pouco tempo depois o anúncio voltava a aparecer nos sites de recrutamento. Que estranho? Quem diria? Então estavam a recrutar uma pessoa com bons conhecimentos em excel e depois imprimem, queriam o quê? O que mais me espanta é que na altura da entrevista/ teste de excel questionei este critério da impressão e limitaram-se a encolher os ombros....
Como esta podia ficar aqui a contar mais umas quantas, mas o que acima de tudo quero partilhar são as conclusões que tirei destas experiências! 1º Os recrutamentos são muitas vezes feitos somente por uma pessoa de recursos humanos quando sou de opinião que deveria estar presente também uma pessoa da área específica do recrutamento para testar conhecimentos técnicos. 2º A eterna pergunta do salário pretendido sem sequer sabermos quais as funções, quais os horários, é no mínimo ridícula. 3º Aqueles testes do tempo da “maria cachucha” (nunca tinha escrito esta expressão linda!) da ilha deserta, do padre, do advogado, do assassino, que já todos fizemos e já todos sabemos o seu propósito estão completamente ultrapassados. 4º Os valores dos salários oferecidos são muito abaixo das competências solicitadas e depois é claro, passado um tempo o colaborador recrutado acaba por se recusar a fazer isto ou aquilo por tuta e meia.
O que os patrões deste país ainda se recusam a aceitar é que os recursos humanos são o maior activo das empresas e como tal, deve-se investir nos colaboradores, na sua formação, no seu bem estar para uma produtividade superior, deixarem-se da máxima de que não há insubstituíveis porque a saída e entrada de um novo colaborador tem sempre custos e da minha preferida: queres, queres, não queres tenho mais 200 á porta para vir trabalhar! Deixem-se de frases feitas! Paguem de acordo com as funções, responsabilidades e experiência demonstradas. Leiam Taylor, Fayol e o grande Henry Ford!
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quinta-feira, 30 de julho de 2009
Civismo!? O que é isso?
Começo esta mensagem por abordar a definição de civismo: “O termo civismo refere-se a atitudes e comportamentos que no dia-a-dia manifestam os cidadãos na defesa de certos valores e práticas assumidas como fundamentais para a vida coletiva, visando a preservar a sua harmonia e melhorar o bem-estar de todos.” Pois bem, todos os dias vejo falta de civismo...e não tem nada a ver com aquela frase típica: “os jovens de hoje em dia não têm respeito nenhum” (ainda no outro dia, um velho ao volante fez-me o gesto do dedo do meio com a maior das descontrações!); sou de opinião que não passa por uma questão de idades. Queria aqui partilhar algumas que vejo de entre dezenas:
1ª Aquela malta que vai para o café, agarram nos jornais e leêm aquilo de uma ponta à outra, durante mais de meia hora, e os outros querem só ver as gordas e nada! Querem ler o jornal comprem! É uma falta de respeito, agarrarem-se a um bem que não é deles, está lá para usufruto dos utilizadores do café. Se calhar, ao jeito do que se fazia antigamente para o pessoal não roubar o jornal, vamos ter de inventar um sistema de tempo por utilizador, como têm os cibercafés....
2ª Aquela malta que insite em andar na faixa da esquerda nas estradas! Vamos atrás deles, fazemos sinal de luzes, abrimos o pisca, buzinamos e nada, até que por fim lá temos de cometer a bela da infracção e ultrapassá-los pela direita...e eles na boa, com aquela cara de quem não está a fazer nada de mal, ou com cara de: “eu cheguei primeiro, vou aqui, daqui não saio e daqui ningém me tira”...tirem a carta a esta gente, por favor!
3ª Aqueles do estacionamento “à la gardere”; que param os carros a ocupar dois lugares, que atravessam o carro à frente do nosso e só o tiram no final do dia, que param o carro em plena faixa de rodagem para fazer qualquer coisa muito rápida que não vale a pena estacionar mas que quando voltam ao carro já têm o trânsito parado, enfim, uma série de artistas do volante que não respeitam nada!
Temos de respeitar os outros, procurar fazer as coisas mas sempre por forma a não incomodar os outros, ter consciência de que não estamos a prejudicar ninguém e acabar de vez com esta mentalidade do “estou-me nas tintas”.
1ª Aquela malta que vai para o café, agarram nos jornais e leêm aquilo de uma ponta à outra, durante mais de meia hora, e os outros querem só ver as gordas e nada! Querem ler o jornal comprem! É uma falta de respeito, agarrarem-se a um bem que não é deles, está lá para usufruto dos utilizadores do café. Se calhar, ao jeito do que se fazia antigamente para o pessoal não roubar o jornal, vamos ter de inventar um sistema de tempo por utilizador, como têm os cibercafés....
2ª Aquela malta que insite em andar na faixa da esquerda nas estradas! Vamos atrás deles, fazemos sinal de luzes, abrimos o pisca, buzinamos e nada, até que por fim lá temos de cometer a bela da infracção e ultrapassá-los pela direita...e eles na boa, com aquela cara de quem não está a fazer nada de mal, ou com cara de: “eu cheguei primeiro, vou aqui, daqui não saio e daqui ningém me tira”...tirem a carta a esta gente, por favor!
3ª Aqueles do estacionamento “à la gardere”; que param os carros a ocupar dois lugares, que atravessam o carro à frente do nosso e só o tiram no final do dia, que param o carro em plena faixa de rodagem para fazer qualquer coisa muito rápida que não vale a pena estacionar mas que quando voltam ao carro já têm o trânsito parado, enfim, uma série de artistas do volante que não respeitam nada!
Temos de respeitar os outros, procurar fazer as coisas mas sempre por forma a não incomodar os outros, ter consciência de que não estamos a prejudicar ninguém e acabar de vez com esta mentalidade do “estou-me nas tintas”.
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Televisão por cabo nas celas das nossas prisões?
Aqui há dias saíu num jornal diário que um estabelecimento prisional tinha estabelecido um protocolo com um operador de televisão por cabo, com o fim de fornecer o serviço aos reclusos nas suas celas! Quem quisesse passaria a usufruir de uma televisão, com comando, usufruindo de um pacote de 30 canais mais SportTv(?!?!?) por 4,40€ por mês! Fiquei chocado, no mínimo! Elações que retirei e quero aqui partilhar: 1ª Um recluso passa a usufruir de um serviço pelo qual qualquer um de nós teria de pagar 30,50€; 2ª Sim SportTv, porque senão não tinha piada (vá lá não oferecerem o pacote dos canais porno!); 3ª Eu que pago impostos e pela lógica ajudo a pagar a estadia desta gente, tenho de ir para o café se quero ver um jogo da bola, esta malta limita-se a sentar comodamente na sua cama e ligar a tv; 4ª Um bem de luxo, que a maior parte dos portugueses não tem acesso está disponível para reclusos, ainda por cima por 1/7 daquilo que nós teriamos de pagar!?!?
Que exista uma sala de convívio nas prisões, com SportTv para os reclusos ainda se aceita, agora, nas celas? Com comando? Tipo, confortavelmente deitados? Por tuta e meia? Sou da opinião que enquanto este serviço for um bem de luxo, só ao alcance de alguns, não pode ser de forma algum disponibilizado desta forma, ainda para mais no contexto em que se insere! Qualquer dia, têm direito a um portátil com net wireless por 2,00€ por mês, não?
P.S. Estive de roda do título muito tempo, tal eram as ideias...
Que exista uma sala de convívio nas prisões, com SportTv para os reclusos ainda se aceita, agora, nas celas? Com comando? Tipo, confortavelmente deitados? Por tuta e meia? Sou da opinião que enquanto este serviço for um bem de luxo, só ao alcance de alguns, não pode ser de forma algum disponibilizado desta forma, ainda para mais no contexto em que se insere! Qualquer dia, têm direito a um portátil com net wireless por 2,00€ por mês, não?
P.S. Estive de roda do título muito tempo, tal eram as ideias...
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Comentadores da SIC em grande!
Mais um momento grande da nossa televisão, desabafos dos comentadores da sic, supostamente vitimas de uma cilada, sim, porque se soubessem que estavam a ser gravados não tinham soltado "o que lhes vai na alma". Em grande!
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quarta-feira, 22 de julho de 2009
Messenger – 10 anos!
Faz hoje 10 anos o famoso Messenger, essa fantástica ferramenta, mais uma daquelas para juntar aos microondas, telemóveis, ipod´s e companhia, que antigamente ninguém precisava mas que hoje ninguém vive sem. Seja em termos pessoais, seja em termos profissionais, é sem dúvida uma ferramenta com enormes capacidades, sempre com uma grande margem de progressão. Fala-se muito nos seus benefícios, principalmente a nível profissional, mas ninguém fala dos lados negativos desta ferramenta como por exemplo dos jovens (a grande maioria dos utilizadores) que adoptaram um português “prático” dos k, lol, qq, e outros, cujas repercussões se transferem para o dia-a-dia dos mesmos, para uma linguagem cada vez mais pobre e desrespeitada. Preocupa-me! Depois, em termos profissionais, e isto é claro, nunca é tratado na estatística, não convém claro! – Qual a percentagem de colaboradores que usa o Messenger para fins profissionais em pleno horário de trabalho? Porque não fazem um estudo onde perguntem aos utilizadores nas empresas, se reconhecem que o uso do Messenger representa uma perda de produtividade. Falo por experiência própria, quando exercia funções nos recursos humanos de uma determinada empresa em que tive de parametrizar o acesso a esta ferramenta fora do horário normal de trabalho porque facilmente concluí que a mesma era desproporcionalmente usada mais para fins pessoais do que profissionais. E pronto, dito isto, parabéns à Microsoft por mais uma excelente ferramenta.
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quinta-feira, 16 de julho de 2009
Máquinas de tabaco

Sou um fumador confesso, que todos os dias tem de saciar este vicio com um maço de tabaco...
Este desabafo é para todos os cafés que têm uma máquina de venda de tabaco instalada no seu estabelecimento e que quando pedimos para trocar uma nota fazem uma cara de enterro que parecem estar a fazer um sacrificio do outro mundo: - Fico lixado! (para não dizer outra coisa, prometi que não usaria linguagem menos própria neste blog). Não querem vender tabaco tirem a máquina, ou vendam ao balcão. Nós fumadores não temos culpa que as margens sejam pequenas e que não se deêm ao trabalho de ter trocos todos os dias, peçam no banco ou ao responsável que carrega a máquina! Tenho por principio deixar de frequentar todos os estabelecimentos que fazem cara feia quando teêm de trocar notas para tabaco. Ponham uma máquina das novas que aceita notas! Esta malta esquece-se que a frequência dos cafés é feita, desde sempre, pelo cliente do café e do cigarro...já não chegou a lei do tabaco proibido nos cafés e ainda tenho de levar com as trombas dos gajos dos cafés. Esquecem-se que quem compra o maço de tabaco pede sempre mais qualquer coisa, um café, um salgado ou uma cerveja...Volto a dizê-lo: não querem vender tabaco, tirem a máquina, percam clientes à vontade, agora, quem tem uma máquina de venda de tabaco tem de ter trocos e acima de tudo, deixem de fazer cara feia porque eu não tenho de aturar isso!
Este desabafo é para todos os cafés que têm uma máquina de venda de tabaco instalada no seu estabelecimento e que quando pedimos para trocar uma nota fazem uma cara de enterro que parecem estar a fazer um sacrificio do outro mundo: - Fico lixado! (para não dizer outra coisa, prometi que não usaria linguagem menos própria neste blog). Não querem vender tabaco tirem a máquina, ou vendam ao balcão. Nós fumadores não temos culpa que as margens sejam pequenas e que não se deêm ao trabalho de ter trocos todos os dias, peçam no banco ou ao responsável que carrega a máquina! Tenho por principio deixar de frequentar todos os estabelecimentos que fazem cara feia quando teêm de trocar notas para tabaco. Ponham uma máquina das novas que aceita notas! Esta malta esquece-se que a frequência dos cafés é feita, desde sempre, pelo cliente do café e do cigarro...já não chegou a lei do tabaco proibido nos cafés e ainda tenho de levar com as trombas dos gajos dos cafés. Esquecem-se que quem compra o maço de tabaco pede sempre mais qualquer coisa, um café, um salgado ou uma cerveja...Volto a dizê-lo: não querem vender tabaco, tirem a máquina, percam clientes à vontade, agora, quem tem uma máquina de venda de tabaco tem de ter trocos e acima de tudo, deixem de fazer cara feia porque eu não tenho de aturar isso!
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